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25 de mai. de 2009

Discernimento

Foto: Marli Reis

Quase todo dia somos desafiados pelos acontecimentos circunstanciais da vida, eles formam uma cerca, e algumas delas, não protegem, são mais parecidas com uma prisão, que sem a manutenção das jornadas para a ponderação, formam-se labirintos. Para que lado caminhar? Para o lado que alivia e permite o discernimento. Mas como saber qual é? É algo que acontece antes da capacidade de discernir, é a parada para ouvir a intuição, aguçar os sentidos, sabemos. Mas como adquirir o discernimento? As mudanças começam por experiências diversas e particulares, mas neste ângulo, a partir do eu-dedicado-a-ouvir-o-pensamento-dedicado - a - acertar, sem, entretanto, subverter as palavras e os sentimentos, apenas recebendo do intelecto a claridade do conhecimento pesquisado, meditado, adquirido. Ah, esse âmbito do ser em confluência nesses caminhos já encontrados e percorridos pelos amigos da ponderação!

14 de mai. de 2009

No garimpo...

Foto: MR


* Não se vê nada, não se escuta nada e, no entanto, o silêncio alguma irradia.

S Exupery

* Em vão buscaremos ao longe a felicidade, se não a cultivarmos em nós mesmos.

Rousseau

* O afeto conduz a alma como os pés conduzem o corpo.

Santa Catarina de Sena

* Quem encontrou um amigo encontrou um tesouro.

Salomão

* A crença faz o homem. Conforme crê assim é.

Bhagavad GIta

( Do livro "Mensagens de Otimismo", Edições Paulinas, 8ª ed, 1981, compilado por R. Botasso)

11 de mai. de 2009

Coisas (des)humanas



O que parecia ser uma brincadeira de cachorro farejador, reconhecendo a presença de um ser humano (que também possui um cachorro), tornou-se um espanto para todos que presenciaram a cena, o ser (des)humano levantou uma pasta grande – dessas de executivo - e ameaçou bater forte no focinho (cabeça e tudo mais, devido à proporção do tamanho do objeto - a pasta) de um dos meus melhores amigos. A vida naquele instante me deu asas e fiquei de prontidão para a defesa, e, por questão de segundos, não houve um traumatismo físico – fiquei entre meu cachorro e o “homem”. A situação ficou apenas no nível de ameaça... Perigosa ameaça provocada pelo derrame de raiva acumulada contra sabe-se lá o quê, e canalizada para um desfecho indigno.
(Fato ocorrido em 8 de maio de 2009)

2 de mai. de 2009

No garimpo

“Às vezes como que me espalho pela paisagem e nas coisas, e vivo em cada árvore, no sussurro das vagas, nas nuvens, nos animais que vão e vêm, e nos objetos. Nada há na torre que não tenha surgido e crescido ao longo dos decênios, nada a que eu não esteja ligado. Tudo tem sua história, que é também a minha história, e aqui há lugar para o domínio não espacial dos segundos planos.

Renunciei à eletricidade e acendo eu mesmo a lareira e o fogão. À tarde acendo os velhos lampiões. Não há água corrente; preciso tirá-la do poço, acionando a bomba manual. Racho a lenha e cozinho. Esses trabalhos simples tornam o homem simples, e é muito difícil ser simples.”

C. G. Jung

Livro: Memórias, Sonhos e Reflexões, página 198, 2ª edição

(sobre seu modo de vida em sua casa conhecida como “Torre”, construída em 1923, aos 48 anos de idade)